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IPT realiza monitoramento remoto durante a obra

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foi contratado pela Apsen Farmacêutica para monitorar remotamente a segurança estrutural de uma fachada antiga de seu edifício em São Paulo que está sendo reformado. A preocupação era de que o serviço pudesse causar abalos ou traumas, principalmente porque as operações da empresa não teriam interrupção. O primeiro projeto de monitoramento remoto realizado pelo IPT teve início em 2012 durante as obras de reforma da Ponte Pênsil, em São Vicente, e durou até 2015, ano de liberação da passagem de veículos. "É a primeira vez que o IPT realiza essas medições remotamente em uma edificação. Anteriormente os dados eram colhidos in loco com equipamentos analógicos", afirma Diego Lapolli Bressan, engenheiro civil e pesquisador do IPT. O projeto na Apsen Farmacêutica teve início em dezembro de 2016 e terá a duração de 12 meses. Isso porque serão consideradas todas as fases do ano na avaliação do comportamento da estrutura, passando por todas as estações do ano e variações de temperatura - além de correlacionar o comportamento da estrutura e as intempéries. No monitoramento remoto não é necessário o deslocamento de uma equipe técnica do IPT para a obra.

Equipamentos como o clinômetro, que avalia se uma parede está inclinando ou não, e medidores de deslocamento linear, que verificam os deslocamentos dinamicamente, fazem o trabalho. Além disso, também foram instalados medidores de temperatura que permitem correlacionar as temperaturas registradas com o comportamento das fissuras. "Caso se perceba algum movimento significativo, como uma tendência de inclinação, um alerta ao cliente para a tomada de alguma ação será gerado em tempo real, por e-mail ou para o celular", completa Fabio Ioveni Lavandoscki, também pesquisador da Seção de Engenharia de Estruturas do IPT.

Fonte: CBIC - NEWSLETTER 14/03/2017  / EDIÇÃO 5861